A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, alertou para o grande número de incêndios no Brasil, destacando que a maioria deles ocorre em áreas agrícolas privadas, com mais de 1,6 milhão de focos de queimadas registrados. Durante uma reunião sobre bioeconomia do G20, no Rio de Janeiro, Marina também defendeu o endurecimento das punições para quem provoca incêndios criminosos, destacando que as penas atuais, de até cinco anos, são insuficientes.
Queimadas em Áreas Agrícolas
Marina revelou que, dos 1,6 milhão de focos de incêndios, 1,4 milhão estão em áreas agrícolas e 1,1 milhão em florestas. Ela destacou que as queimadas são intensificadas por uma combinação de fatores naturais, como altas temperaturas, baixa umidade e ventos fortes, além de ações humanas criminosas, especialmente na Amazônia e no Pantanal.
A ministra ressaltou a importância de medidas preventivas, como a proibição do uso do fogo, já em vigor em todos os estados da Amazônia, e criticou o descaso de quem desrespeita essas normas. Segundo ela, é necessário que as pessoas parem de atear fogo, e o governo já trabalha para aumentar as penas para crimes ambientais.
Impactos do Desmatamento e Ações do Governo
Embora a situação seja preocupante, Marina afirmou que o desmatamento foi reduzido em 60% no último ano, o que evitou um cenário ainda mais grave. Segundo ela, o avanço dos incêndios já atinge 32% das florestas, em comparação aos 11% de antigamente.
A ministra também comentou sobre a criação de uma "autoridade climática", anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esse novo estatuto permitirá que o Brasil tenha uma estrutura mais eficiente para enfrentar crises ambientais e eventos climáticos extremos. A nova instituição, que contará com um comitê técnico-científico, vai permitir que municípios mais vulneráveis declarem estado de emergência e apresentem planos de enfrentamento a curto, médio e longo prazo.
Soluções para o Futuro
Com o novo estatuto, o governo pretende adotar uma política baseada em evidências, ajudando municípios a se prepararem melhor para desastres ambientais. Marina reforçou que, embora o nome da autoridade climática ainda não tenha sido definido, a estrutura já está pronta e será fundamental para acelerar as ações de combate às mudanças climáticas no Brasil.
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